Viagem Espacial

Viagens espaciais de longa distância levam tempo e são entediantes. Você vai preferir egoprojetar na maioria das vezes, a menos que você seja um bioconservador, esteja tentando ser discreto, ou em uma região com habitats próximos.

Em Eclipse Phase, uma espaçonave é tratada principalmente como um ambiente do cenário em vez de um veículo/equipamento para ser usado. A maioria das naves é pilotada por ILA e mantidas automaticamente por robôs. No entanto, em certas circunstâncias você pode ser chamado para navegar ou pilotar uma nave com Pilotagem: Espacial, repará-la com Aparelhagem: Aeroespacial, ou controlar sensores, funções da nave e armamentos com Interface.

Viagem Local

Em sistemas planetários densamente habitados como Marte, Júpiter e Saturno, a maioria das viagens entre cidades, estações de superfície e habitats orbitais é feita por ônibus (veículos de aterrissagem e transferência orbital) usando pequenos foguetes de hidrogênio (ou às vezes de metano). Essa forma de viagem é incrivelmente barata, muito rápida (horas ou dias), e evita os defeitos ocasionais que surgem em egoprojeções.

Viagem Distante

Para distâncias acima de um milhão de quilômetros, quase todos usam egoprojeção. No entanto, milhares de naves podem ser encontradas atravessando o Sistema Solar a todo momento. Graneleiros transportam cargas em rotas regulares entre habitats e sistemas planetários. Gelo e compostos voláteis minerados de gigantes de gelo e gasosos são transportados vindos do sistema exterior. Outros carregamentos incluem qualquer coisa que não possa ser fabricada localmente, desde produtos artesanais e proprietários até elementos raros, coisas visas, antimatéria e qubits. Outras naves incluem embarcações militares, naves de cruzeiro, enxames nômades da ralé e naves privadas. Quase todos esses usam motores de fusão ou plasma. Essas naves não possuem o empuxo para escapar dos poços gravitacionais de grandes planetas ou luas, então elas estacionam em órbita e usam ônibus menores com maior empuxo para transportar pessoas indo ou voltando de superfícies planetárias.

Básico de Viagem Espacial

Espaçonaves usam motores a reação (Propulsão de Espaçonaves), o que significa que eles queimam combustível (massa de reação) e ejetam os produtos aquecidos em uma direção, o que empurra a espaçonave na direção oposta. A viagem envolve um período de alta aceleração por várias horas no início do voo, na qual a massa de reação é gasta para aumentar a velocidade da nave. A nave então cruza a maior parte do voo nesta velocidade, até se aproximar do destino, quando ela vira e queima massa de reação novamente na direção oposta para diminuir a velocidade.

Apesar de algumas naves queimarem aproximadamente metade da sua massa de reação para obterem a melhor velocidade possível, isso não deixa muita margem para manobras adicionais ou emergências. Então, muitas naves queimam apenas uma fração do seu combustível nas acelerações iniciais, para que elas tenham alguma reserva caso precisem. Alguns truques podem ser usados para economizar combustível e aumentar a velocidade, como manobras de estilingue ao redor de poços gravitacionais de grandes planetas ou aerofrenagem na atmosfera superior de um planeta.

As naves operam em zero-g, com exceção de módulos de habitat (geralmente transportados apenas por grandes naves) que são rotacionados para ter uma baixa gravidade simulada. Períodos de alta aceleração/desaceleração também podem produzir “gravidade” temporária para baixo, em direção à queima.

O espaço é uma mercadoria valiosa a bordo de uma espaçonave, então os cômodos são apertados. Quartos pessoais e de dormir raramente são maiores que armários grandes, com espaço suficiente para um saco de dormir e objetos pessoais. Dependendo do tamanho da nave, pode haver uma área comum de recreação. A tripulação tende ficar ocupada apenas no início e no final da viagem, quando eles devem lidar com a aceleração/desaceleração e manobrar no tráfego espacial. O resto da viagem eles passam cuidando de reparos ou matando o tempo com XP, simulações em RV ou jogos de RA. A espaçonave possui sua própria mesh local, mas elas geralmente estão longes demais para interagir com as redes mesh de outros habitats sem um atraso significativo nas comunicações, então eles precisam se virar com seu próprio arquivo de opções de entretenimento. Muitas naves de longa distância são tripuladas por morfos hibernoides, que se aquietam em longos cochilos entres os serviços.

Propulsão de Espaçonaves

Foguetes de Hidrogênio-Oxigênio (HO): Otimizados com motores melhorados e materiais mais leves, esses ainda são os mesmos foguetes usados chegar a Lua pela primeira vez. A sua alta taxa de consumo de combustível é equilibrada por uma alta relação empuxo-peso, portanto eles são raros exceto em grupos pobres demais para fabricar hidrogênio metálico.

Foguete de Hidrogênio Metálico (HM): Hidrogênio metálico é uma forma sólida mas instável de hidrogênio criada em pressões extremamente altas. Ele pode ser estabilizado em tanques com campos elétricos e magnéticos cuidadosamente controlados. Pequenas quantidades podem ser rápida e explosivamente revertidas em gás hidrogênio convencional, impulsionando o foguete com grande força. Os motores de hidrogênio metálico são necessários para escapar os poços gravitacionais da maioria do planetas, graças a sua alta relação empuxo-peso, então eles são comuns em aterrissadores planetários e veículos de curto alcance.

Foguete de Plasma (P): Esse motor aquece hidrogênio em plasma e o acelera usando um poderoso campo elétrico. Embora ele tenha uma baixa relação empuxo-peso, ele é mais eficiente em termos de combustível do que hidrogênio metálico. Foguetes de plasma são superados pelos de fusão e só são usados em naves antigas, sobretudo os enxames da ralé.

Foguete de Fusão (F): Similares aos foguetes de plasma, os foguetes de fusão exigem temperatura e pressão significativamente mais altas, resultando em um uso mais eficiente de hidrogênio. Os foguetes de fusão são a forma mais comum de propulsão para espaçonaves de longas distâncias. No entanto, sua relação empuxo-peso é muito baixa para escapar os poços gravitacionais da maioria dos planetas.

Foguete de Antimatéria (AM): Foguetes de antimatéria são os sistemas de foguetes mais eficientes. Eles misturam pequenas quantidades de antimatéria ao combustível hidrogênio, produzindo enormes quantidades de energia em relação ao hidrogênio consumido, e uma exaustão excepcionalmente rápida e poderosa. Esses foguetes carregam um recipiente altamente blindado de armazenagem de antimatéria magneticamente contida. Embora seguros, a vasta liberação de energia potencial no caso de um acidente significa que foguetes de antimatéria são proibidos de acoplar em habitats ou de chegar a menos de 25.000 km de qualquer planeta ou lua habitado. Em vez disso, carga e passageiros são transferidos usando um ônibus ou outra nave pequena. O alto custo da produção de antimatéria significa que esses foguetes são usados apenas em embarcações militares e expressos rápidos.

Tempos de Viagem

Os tempos de viagem pelo Sistema Solar variam drasticamente, dependendo das posições orbitais atuais. A viagem entre pontos dentro do sistema interior geralmente fica entre 2 semanas e um mês. Viajar de/para Júpiter e Saturno geralmente leva cerca de 2 ou 3 meses, respectivamente. Viajar de, para, ou entre pontos mais distantes leva meses (6 no mínimo) ou até mesmo anos. Naves mais lentas como graneleiros e enxames da ralé dobram esses tempos. No entanto, transportes rápidos os reduzem à metade, e expressos de antimatéria podem fazer a jornada em um quarto do tempo. Esses tempos assumem que a nave precisa acelerar para chegar nessas velocidades; uma nave que já está viajando em altas velocidades pode reduzir o tempo.